segunda-feira, maio 02, 2005

intimidade.

Um dia eu idealizei uma coisa. Ficou lá, num pedestal, um certo tempo. E agora eu consigo reabrir meus olhos, e ter um momento de clareza e racionalidade. Não, não foi fácil chegar aqui. Muito pelo contrário. E mesmo agora, a sensação não é boa. Uma certa tristeza, um certo vazio. Essa percepção que eu tive, eu já sabia. Mas eu fui e sou demasiado teimosa para acreditar. E agora, tantas questões se colocam. Primeira delas, meu pequeno sonho, foi-se. E é exatamente isso que me deixa triste, a decepção. Como sempre, expectativas. Mas se não tivermos expectativas, seria possível sonhos da mesma forma ? Qual exatamente a relação de sonhos com expectativas ? Quão necessário são sonhos em nossas vidas ? Quão perto do real devemos nos manter ? Quão longe podemos ir ?
Eu achava que era bom se manter o mais próximo possível do real. Mas nesse momento, estando próxima do real, talvez eu quisesse manter meus sonhos, ao invés de acordar. Ou talvez seja somente o processo de destruição de uma expectativa/sonho que seja doloroso e triste. Ou talvez ainda, a decepção comigo mesma, por ter sido teimosa, ou apaixonada ao invés de enxergar. É delicado. Momento muito meu.